quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Buffet de Casamento com Feijoada

Que tal servir um dos pratos mais típicos dos brasileiros no seu casamento a feijoada! 

Foi-se o tempo em que a feijoada era comida barata e sem nenhum atrativo para ser servida em um evento social!


Hoje oferecemos este cardápio em batizados, bodas, aniversários e até mesmo casamentos! Este prato inventado pelos escravos que utilizavam o que sobrava das mesas de seus senhores, foi da "casa grande" para a senzala e de lá para as mesas mais requintadas!


Geralmente quando se organiza uma feijoada, o evento é mais longo que um brunch, chá da tarde, afinal é um prato como diria minha avó, com "sustância", ou melhor, substância que ela queria dizer, algo consistente, para se degustar sem pressa.


Antes de servir o prato principal, servimos o famoso caldinho de feijão, e os pasteizinhos de carne e queijo que são servidos um cumbucas de barro e cestinhos de palha diretamente nas mesas dos convidados pelos garçons. Vejam esta montagem e apresentação que demais!





Para acompanhar a "FEIJUCA" arroz branco, couve refogada, farofa, laranja cortada, vinagrete, torresminho e claro pimenta!





Para este tipo de evento indicamos não servir champanhe e nem mesmo prosecco ou qualquer outro espumante parecido! O que cairá muito bem para seus convidados uma boa qualidade de cerveja e claro, a nossa tão conhecida CAIPIRINHA! Neste quesito, você não precisa ficar só com o tradicional limão! Servimos também caipirinha de kiwi, maracujá, morango, abacaxi e usamos além da cachaça a vodka e o saquê combinando com o prato principal. Além disso sucos saborosos e água, refrigerante.





Utilizamos louças devidamente caracterizadas, rústicas, de barro, e panelas aparentes, dando tom de total alegria no ambiente!

Entre em contato com o Buffet de Feijoada Personal Chef 11 5523-6543 ou 97230-9067.




A história da Feijoada

A história de um povo pode ser reconhecida de formas muito diversas e não tem a ver somente com a leitura de antigos livros e documentos empoeirados. O passado está presente nos locais mais incríveis de nosso cotidiano e não é preciso muito para reconhecer isso. Uma das maiores provas dessa afirmação está na cozinha, nos pratos que consumimos diariamente. O ato de comer não envolve uma simples questão de sobrevivência, mas também revela nossa história e um amplo conjunto de experiências vividas por nossos antepassados.

A feijoada é um exemplo bastante interessante disso, sendo rotineiramente consumida em diversas regiões do país e bastante identificada como um dos pratos que ainda definem a culinária brasileira. Para muitos, a feijoada é um prato que mostra uma parte dos desafios que os escravos enfrentavam para sobreviver. Afinal de contas, tendo sua força de trabalho explorada, teriam que buscar formas diversas para arranjar uma dieta que fosse capaz de recuperar sua condição física após uma desgastante rotina de trabalho.

É a partir dessa situação que muitos explicam a feijoada como uma estratégia de sobrevivência das populações negras do período escravocrata. Segundo essa tese, os donos de escravos consumiam carne de porco e descartavam os restos que consideravam de menor qualidade. Foi daí que, para incrementar sua própria dieta, os escravos recolhiam essas partes “ruins” para fazerem um cozido com as sobras do porco, feijão e alguns outros legumes que tivessem à disposição. Nascia então, desse modo, a deliciosa feijoada que hoje consumimos em vários lugares do país.

Contudo, existem outras questões que devem ser consideradas antes de falarmos que a feijoada é um simples ato criativo dos escravos. Em primeiro lugar, devemos considerar que o acesso à carne era algo nada simples em tempos coloniais. O consumo de carne fresca era restrito às famílias que tinham condições de criar ou adquirir animais próprios para o consumo. Desse modo, seria minimamente estranho que esses privilegiados se dessem ao luxo de desperdiçar algumas partes do animal que ainda garantissem uma mesa farta.

Ao mesmo tempo, devemos lembrar que essa combinação de carnes e legumes cozidos já existia na Europa. Já nos tempos do Império Romano temos relatos de que os povos latinos realizavam esse tipo de mistura para organizar suas refeições. Entre os franceses, o famoso cassoulet, composto por feijão e diferentes tipos de carne, é um evidente amigo da feijoada brasileira. Além desses exemplos, podemos citar que os espanhóis também, desde o começo da Idade Moderna, consumiam carne cozida junto com “fabas”, uma espécie de feijão branco.

De tal modo, podemos muito bem supor que a invenção da feijoada pode ter sido uma criação bem mais complexa do que a história que estamos acostumados a tomar como verdade. No processo de exploração da força de trabalho dos negros, devemos lembrar que os escravos domésticos acabavam incorporando tradições da culinária europeia dos seus proprietários. Sendo assim, a feijoada brasileira foi uma clara invenção que revela o diverso encontro de povos que origina a cultura e a mesa do nosso país.